Sapato Monk Duplo: Mark McNairy Sand Suede Double Monk Straps

30 de novembro de 2012



Alguns modelos do Mark McNairy são muito bonitos e outros são simplesmente horrendos, mas é preciso respeitar o cara por estar correndo atrás e fazendo o que quer, sem considerar tendências ou o que as outras marcas fazem. Um excelente exemplo de que se você desafiar as regras e continuar a fazer o que queria no início, as pessoas vão reparar.

De qualquer forma eu não consigo pensar em sapatos mais "brincalhões" do que os feitos por McNairy. Os que mais gosto são os modelos que tem um tempero a mais, mas sem exageros. São diferentes o suficiente para chamar atenção mas tem bom gosto o suficiente para agradar a maioria das pessoas.


Os sapatos dele não são os mais adequados para se usar em um ambiente corporativo. Este modelo, por exemplo, foi criado para vaguear livre e selvagem pisoteando o asfalto com as solas tijolo da Dainite, e não para ficar preso dentro de um cubículo.  Os atributos: 

- Sapatos tipo monk de fivela dupla.
- Cabedal de camurça taupe
- Solado de borracha Dainite cor de tijolo
- Forro e palmilha de acabamento de couro
- Construção goodyear com welt de couro natural
- Feitos na Inglaterra, em Northamptonshire


A informação que consegui é que os modelos são todos fabricados na Inglaterra pela Sanders, em Northamptonshire. Todos utilizam a construção goodyear. Uma das marcas registradas é a vira de couro natuaral contrastando com a sola. As solas são fornecidas pela Daininte, fabricante de borracha Inglêsa de 1800, que praticamente inventou este modelo de solado. Os materiais (principalmente em comparação com o sapato de camurça da Richards), a construção e o conforto são todos de extrema qualidade. 







Sobreposições


Das antigas na Park and Bond, sobreposições na primavera. Não é uma ciência, mas esxite uma arte por trás da criação de um look que seja ao mesmo tempo na moda e preparado para encarar o tempo. Algumas combinações e dicas para épocas de clima doido:

1. Devem ser elaboradas para serem ajustáveis de acordo com as condições climáticas, então cada peça deve ser capaz de segurar a barra sozinha.
2. No mundo das sobreposições, o todo é maior do que a soma das partes. Sendo assim, é melhor usar cores complementares ao invés de contraste.
3. Se insistir no contraste, prefira um padrão AAB ou BAA do que ABA.
4. A chave para uma produção monocromática: diferentes espessuras e texturas.
5. Estamos falando de primavera/verão, então mantenha os tecidos bem leves. soma é maior do que as partes






I Wish They Made This For Girls

29 de novembro de 2012


On  & Beyond é o blog do fotógrafo Vincent Tsang. A série de fotografias “I Wish They Made This For Girls” é um projeto contínuo com mulheres vestindo as roupas do fotógrafo. Basicamente mulheres que os homens querem vestindo roupas que os homens gostariam de ter.

Vincent foi inspirado pela quantidade de vezes que viu mulheres olharem para roupas masculinas e dizer "Eu gostaria que fizessem isso para garotas" . Foi assim que ele começou a convidar suas amigas a posarem no quarto dele, com um ar de que acabaram de acordar depois de uma noite agitada e colocaram um camisetão para dar uma voltinha pela casa.





Botas de Chuva

28 de novembro de 2012


A semana passada choveu muito na cidade. Andar a pé deixou de ser uma opção e chuva em BH é sinônimo de trânsito parado. Nessas horas eu me sinto ilhado. Imaginei as pessoas que precisam sempre fazer as coisas a pé, ou não tem opção.

O guarda chuva só ajuda até certo ponto. Qualquer chuva mais forte e você fica todo molhado da cintura para baixo, e o pior são os pés. Aqui em BH não existe o costume de adaptar o traje às condições climáticas. Faça sol, frio, ou chuva, a roupa é a mesma. Os únicos espertos são os motoqueiros, que colocam capas de chuva e sacolas plásticas em volta dos sapatos.

Existe uma solução. Quando eu fui na Inglaterra reparei em vários homens que aparentavam estar a caminho do trabalho, de galochas. Esse tipo de bota poupa os sapatos de serem molhados no caminho do trabalho (o sapato fica guardado na pasta/mochila) e também serve para proteger as calças de molharem (enfiaria a calça dentro da bota). A preferência dos Ingleses, e talvez a melhor galocha no mercado de galochas são as botas Hunter. Essas botas são as oficiais da Família Real da Inglaterra. Se são boas o suficiente para a rainha Elizabeth e o Príncipe Albert, também são boas o suficiente para mim.

Um par de galochas está na minha lista de necessidades. Sei que vão me achar ridículo na rua, mas são pessoas que eu provavelmente nunca vou ver de novo, e vão estar molhadas ou agarradas no trânsito enquanto eu esmago o concreto irregular de Belo Horizonte com minhas solas anti-derrapantes. 

Guia: Penny-Loafers

27 de novembro de 2012

A minha regra pessoal é: comprar fora do Brasil sempre que possível. A indústria da moda nacional tem mania de falar que o consumidor puxa saco de estrangeiro e tem preconceito com os produtos nacionais. Blábláblá. A grande verdade é que tem quase só sapato feio sendo vendido no Brasil. Este é um guia para quem for as compras fora do país e  não quiser comprar um modelo plebeu da FiveBlu/Sergio's/CSN.  

O penny-loafer é um sapato de origem nos EUA, onde é mais popular. Por isso que várias das marcas abaixo são de lá. No mais, existem algumas regiões do mundo que tem mais tradição na fabricação de calçados, acesso a profissionais mais habilidosos e matéria prima superior...e os outros modelos são de lá. Mesmo assim quem sabe pelo que procurar, consegue achar ótimos calçados escondidos em lojas menos conhecidas, que nem website tem. Segue a lista (a maioria dos modelos está disponível em várias cores):


O Original: Bass Weejun U$ 109. Os modelos originais de penny loafers. Os primeiros. Simples e praticamente inalterados deste a sua concepção. Clássico, barato e durável. Difícil de superar. Uma (outra excelente opção nesta faixa é o penny loafer da L.L. Bean)


O Modesto: Florsheim Berkley U$ 100. A Florsheim existe a 120 anos, e apesar de sua qualidade não ser mais o que já foi, este modelo nào dexia a desejar. Não são os mais bonitos, mas um sapato decente pelo preço.





Os vizinhos: Guido Mocassines Modelo 2779 - Se não dá para apoiar a indústria de calçado Brasileira o melhor é apoiar a da América Latina. Excelente fabricação e um penny-loafer com a cara que ele deve ter. Não sei ao certo o preço ao redor do mundo, mas as lojas do Brasil vendem sapatos da Guido por volta de R$ 300. 




O Investimento: Allen Edmond Kenwood $225. Essa é uma marca tradicional dos Estados Unidos que não deixou a peteca cair em termos de qualidade. Sapatos sólidos e com excelente reputação
O Investimento Superior: Rancourt Beefroll Penny Loafers Mimosa Calf $290: Empresa familiar de Maine (EUA) na sua terceira geração. Os sapatos são feitos sob demanda e a mão. Este modelo é de couro de cordeiro Italiano e forro interno também de couro. (os modelos acimas não são 100% forrados). A Rancourt vende diretamente e também fabrica os calçados para marcas de luxo, como a Ralph Lauren.


Comer miojo por semanas: Oak Street Boot Maker Beefroll Loafer $318. Couro cromexel e feitos a mão em Maine, uma das regiões do mundo com mais tradição na fabricação de sapatos. Os modelos da Oak são bem mais casuais e a costura em contraste lembra os mocassins indigênas Norte Americanos.


O Moderno: Mark McNairy Brown Grain Loafe $350 - Feito em Northamptonshire, Inglaterra, os modelos de McNairy combinam formatos tradicionais com cores e materiais mais criativos. Muitas solas coloridas. Este modelo não é um "autêntico" penny loafer, porque as costuras na parte da frente parecem ser apenas decoraticas em um único pedaço de couro.


Para a vida toda: Alden Handswewn #8 Cordovan Penny Loafers $600. Existem poucas marcas de calçados no mundo com o pedigree da Alden. Feitos a mão, forrados com couro vegetal e feitos de couro cordovan, que é raro e incrívelmente resistente. Vão durar uma vida inteira, e a Alden se disponibiliza para trocar as solas sempre que preciso.



O elegante: Crockett & Jones Boston Penny Loafer, por volta de $500. Feitos na Inglaterra, excelentes sapatos. Muito bonito mas com formas mais afinada, fugindo um pouco do original Americano. Com certeza são modelos mais elegante, perfeitos com uma calça com bainha Italiana de 5 cm. Um modelo ainda mais fino da Crockett & Jones é o Sidney.






Sinta-se um milionário, mesmo pagando cheque especialEdward Greene Picadilli - $1.100. Edward Green abriu as portas em 1890 em Northhampton, na Inglaterra. Desde então vem fazendo sapatos de qualidade suprema, sem compromisso nenhum de qualidade em função de custos. O Picadilli é um modelo da linha "ready to wear". Também é possível comprar sapatos da linha feita totalmente sob medida, claro que por um preço mais alto.


Pisoteando a plebe: John Lobb: $1.100: Marca inglesa com mais de 150 anos de tradição, originalmente eram feitos exclusivamente sob medida e tem de tudo que um sapato pode ter de melhor, todos aqueles termos técnicos e etc. Em 1976 a Hermès assumiu o nome da John Lobb e expandiu a marca através de uma linha "ready to wear". A John Lobb original, ainda sob controle familiar, ainda faz um sapato sob medida de cada vez, em uma loja em Londres (Um bespoke custa em torno de $2700 libras).


Todas as marcas que listei até agora, com exceção de Mark McNairy, são tradicionais fabricantes de sapato e  não são marcas guiadas por estilistas e pelo mercado de luxo. Até mesmo McNairy fabrica os seus sapatos em uma das melhores fábricas do mundo, em North Hampton (o paraíso dos sapatos). O preço que cobram está muito mais associado ao trabalho, artesanato e qualidade contida em cada par. Vale lembrar que mesmo muito melhor, um sapato de John Lobb não é necessáriamente 10 vezes melhor do que um da Bass. O preço neste caso, tem muito a ver com a apreciação pelo processo de fabricação e a atenção conferida a um único par de sapatos.

As marcas mais caras estão disponíveis nas prateleiras de lojas de departamento de luxo, ao lado de sapatos de grifes famosas. A tendência do consumidor casual, é ser atraído por sapatos de marcas como Prada, Salvatore Ferragamo, Louis Vuitton, etc. Muitos dos sapatos destas grifes estão cobrando em cima do nome, e quase sempre são medianos pelo preço que cobram. Só vale a pena comprar um sapato deles se for um estilo moderno e totalmente diferenciado. (No caso do Ferragamo, a marca faz excelentes sapatos, mas é preciso tomar cuidado com a diferença entre a linha premium (top de linha) e a linha "fashion") 

O penny loafer é um modelo de construção mais simples. Quando ele apareceu, era a opção do homem equivalente ao tênis de hoje em dia. É um sapato mais descontraído e casual. Os modelos com formato tradicionais ficam bem melhor no fim de semana sem meia com calça enrolada, ou até mesmo com uma bermuda. Os modelos mais alongados, com a parte da frente mais "achatada" são realmente mais elegantes, mas pecam na transição para o casual (e nas situações que pedem tal elegância eu prefiro um sapato de amarrar). Sendo assim a minha recomendação para quem quer investir em um par de sapatos caro é comprar um penny mediano e guardar o dinheiro para algum modelo de amarrar. 


Acessórios na medida certa

26 de novembro de 2012


Acessórios são uma das melhores formas de mostrar originalidade e um pouco de personalidade sem ter que viajar na roupa, mas são perigosos: O que é admirado em uma celebridade ou membro de uma banda pode ser repugnado se for usado por uma pessoa comum. Quem não que correr o risco de errar, deve apostar apenas no relógio ou abotoaduras discretas. Quem gosta de variar pode experimentar com os acessórios plenamente aceitos, os relógio, malas, pastas, mochilas, óculos e cintos. 


Quem quer experimentar acessórios menos tradicionais não deve se esquecer de considerar a situação o contexto. As pequenas coisas podem impactar muito na nossa aparência: Qual seria a reação do público se a presidente aparecesse no Jornal Nacional com um piercing no nariz? As manchetes do dia seguinte dariam pouca importância para o que ela disse. Ao invés disso, comentariam sobre um pequeno piercing.


A configuração dos meus pulsos varia um pouco a cada semana. Sempre presentes estão uma pulseira de couro e um relógio (com tiras alteráveis). Ultimamente tenho usado bastante acessórios de latão: uma pulseira da Giles & Brothers que sempre recebe elogios ou uma mais discreta da In God We Trust. Outras idéias bastante populares são pulseiras de couro trançado, que podem ser compradas em qualquer feirinha, ou uma fita de tecido qualquer. Outros que gosto muito são braceletes de contas de madeira ou de osso. 


Muitos homens consideram normal usar braceletes, brincos, anéis e colares, mas a etiqueta de negócios e etiqueta formal demanda uma abordagem mais contida em relação a estes tipos de ornamentos. Quando falamos em entrevista emprego sobre uma característica nossa, nunca podemos deixar de explicar o que queremos dizer com certos adjetivos, pois palavras tem significados diferentes para cada entendedor. É a mesma coisa com os acessórios, só que não costumamos ter a chance de explicar. Muitos ambientes profissionais são mais liberais, e outros podem aceitar acessórios diferentes depois que já estamos inseridos no circulo social, mas é preferível evitar este tipo de distração nos primeiros contatos.

É muito fácil utilizar acessórios para impactar o nosso visual, mas é preciso saber o que estamos fazendo. Pulseiras coloridas no relógio chamam atenção por mais clássico que o modelo do relógio seja.  Por isso, reservo um modelo conservador para ocasiões onde esta atenção pode causar confusão na impressão que estou passando, já que as  mensagem que passamos com nossas roupas nem sempre são interpretadas da maneira que queremos. Resumindo: Mantenha as coisas simples, saiba a hora certa e experimente.

Braceletes Alex Kang

25 de novembro de 2012



Já faz um tempo que a maioria dos homens passou a se sentir confortável usando algum tipo de acessório além do relógio. O Alex Kang, faz uns braceletes bem legais. O preço $15.

Um modelo é de couro, disponível em três cores, com fecho prateado. O outro é feito de contas de osso de touro esculpidos em formato de caveiras. Os dois são bem sutis e combinam com qualquer roupa. Para comprar basta entrar em contato com ele e passar a medida do seu pulso.



Doug Bihlmaier

20 de novembro de 2012

Foto: Justin Chung
A nostalgia está no DNA da Ralph Lauren, que nasceu no final dos anos 60 inspirada no estilo Trad/Ivy. Sobre quando dediciu lançar a sua coleção masculina, Ralph Lauren conta que "I decided to do menswear because there was no one there. I wanted more romance, more excitement in it. I was very traditional...but wanted something that got me excited. That's how I developed my style". Ontem publiquei sobre o novo site da RL e mais descobri que o responsável pela iniciativa é Doug Bihlmaier.

Doug Bihlmaier é um dos funcionários mais antigos da RL. Começou como produtor de moda em 1980 e hoje ocupa o cargo de "Head of Ralph Lauren Vintage". É um favorito dos blogs de street style, famoso por misturar o peças vintage. Fazia a linha "hobo-chic" antes das gêmeas Olsen serem nascidas. 


A Ralph Lauren tem uma linha rústica chamada RRL. Doug é responsável pela estética da linha e pela incrível sensação de estar no passado que você sente ao entrar em uma das lojas. Essa foto ai em baixo foi tirada a noite com o meu Iphone, mas acho que dá para ter uma idéia. Imagino que também seja ele o responsável por injetar a dose de nostalgia americana nas outras linhas, sejam elas de épocas clássicas ou inspiradas no velho oeste americano.




Olha só o estilo do cara, que é um dos funcionários originais da RL. Me deixa muito curioso a respeito do que ele faz, de onde vem e que histórias tem para contar:


Foto: The Sartorialist
Foto: The Sartorialist
Foto: The Sartorialist
Foto: The Sartorialist

RL Vintage - É assim que se faz vintage!

19 de novembro de 2012


casaco vintage ralph lauren

A Ralph Lauren é uma verdadeira instituição americana. Um cara começou fazendo gravatas e acabou vestindo uma nação inteira. O apelo é tão grande que existe um grande número de colecionadores de vintage totalmente devotos a marca. Comprar uma peça vintage da Ralph Lauren na internet é uma atividade extremamente competitiva, basta olhar no ebay. Grupos muito diversos são adoradores do estilo de vida e da imagem que a marca construiu ao longo de sua história. Vejam por exemplo este vídeo que o site Putthison fez sobre o grupo Lo-Head.

Imagino que foi com este mercado em mente que a Ralph Lauren lançou seu novo site, o RL Vintage. Nunca vi um site como esse. É uma loja virtual com peças garimpadas por uma equipe de historiadores e compradores que vasculharam os melhores brechós, lojas de antiguidades e os arquivos da RL. O resultado é um verdadeiro museu, com peças únicas que podem ser compradas sob consulta. Outro dia recebi um comentário de um leitor sobre a época de ouro da Richards e outras marcas do Rio. Bem que elas podiam fazer algo parecido. Se algum diretor de RH visionário quiser me pagar, eu estou disposto a garimpar os arquivo e caçar peças desse calibre pelo Brasil a fora.

O site é muito bonito. É recheado com a história da marca e conteúdo editorial destacando colecionadores ao redor do mundo. As fotografias dos produtos são maravilhosas, sempre dentro do contexto. Produção de primeira. O site ainda tem uma seção chamada “Bring it Back”, onde é possível votar em peças do arquivo para escolher qual será produzida novamente. Olha só algumas fotos dos produtos que rolam por lá. Também vale a pena gastar um tempinho vendo as fotos e lendo as entrevistas com os colecionadores! 

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jaqueta de couro com franjas vintage ralph lauren

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